Com a popularização do Pinterest e outros sites que fazem a gente colecionar inspirações, os moodboards começaram a fazer cada vez mais parte da vida de pessoas que não designers ou arquitetos, mas sim, apaixonados por estética e suas infinitas possibilidades. Porém, quando falamos em criação de conceito e propostas, o mooboard é uma das nossas principais ferramentas de trabalho – e nem sempre ele é feito no computador. Achou estranhou? Então vem comigo!

Ok, você provavelmente já ouviu falar sobre moodboard, mas você sabe realmente o que é esse painel? Para começar a falar sobre ele, que já faz parte de diferentes áreas e conversas, precisamos falar um pouquinho sobre conceito, sobre semântica, inspirações e, principalmente, sensações.
O moodboard é, basicamente, a definição da proposta de conceito para o ambiente que você vai produzir. Depois que você faz o estudo preliminar de público e perfil de consumidores, você chega nos materiais que você quer usar e que acredita que possam representar o local. Um exemplo: se eu quero que os clientes confiem no meu restaurante e que me achem honesto, eu não vou usar porcelanato que imita madeira – eu tenho que usar madeira de verdade. Ou seja, depois desse estudo de persona, eu defino os materiais e como eles representam o ambiente em sua proposta sensorial e física. E como mostramos tudo isso para os nossos clientes que não estão tão integrados com o assunto quanto nós? Com os moodboards.


Ele, que também é conhecido como prancha criativa ou painel semântico, é onde eu reunimos todas as referências que conversem com o projeto. Somos apaixonados por detalhes – e esses detalhes também fazem parte do meu processo de criação de conceito. Logo, os detalhes também estão presentes nos nossos moodboards – que fazemos questão de produzir tanto na internet, quanto pessoalmente, pegando e experimentando todas as possibilidades de materiais e sensações.

Conceito e arquitetura sensorial
A iluminação, as cores e as texturas são fundamentais quando falamos em arquitetura sensorial (e isso é assunto para um outro post), mas como conseguir visualizar além do projeto feito digitalmente? Se você respondeu “fazendo um painel semântico” você já está entendendo tudo! Isso porque é com o moodboard que apresentamos aos clientes algumas de nossas ideias. Por exemplo: no caso da cantina, que falamos ali em cima: nesse painel poderíamos colocar as opções de madeira, algumas imagens tradicionais italianas, figuras de sentimentos (como pessoas sorrindo, comendo, etc) e até o tratamento de cor em imagens que poderiam simbolizar a iluminação pensada para o local. Com o moodboard, conseguimos deixar nossa ideia e o conceito tangível – e é por isso que ele é tão importante na arquitetura. Definitivamente, é muito mais que um painel.
São ideias reunidas de um jeito simples, informativo e lindo. Não acha?